sábado, 15 de junho de 2013

Um textinho e ~fotinha~ da 2ª guerra mundial

Oioi, genteeee!
Acho que vocês já perceberam que eu adoro ler (e escrever) histórias de amor bem curtas, que vêm lá do fundo da minha cabeça sonhadora.
Pois bem, trago aqui para vocês mais uma, dessa vez melancólica.
Aí vai, com uma ~fotinha~ bem legal, tirada no fim da segunda guerra mundial (achei tão linda!).
Encontro aéreo✈
Foi o primeiro. O meu primeiro amor.
Sabe, é difícil explicar como eu te conheci. Eu estava viajando, quando te vi pela primeira vez no avião. Eu estava sozinha; era jovem. Você se sentou no meu lado, foi quando nós discutimos pelo lugar na janela. No final, você foi insistente e não saiu dali, mas isso não importa agora.
Ao longo da viagem de oito horas (eu ia fazer intercâmbio no Canadá) você puxou assunto comigo, logo na hora em que a bateria do seu iPod finalmente se esgotou. E eu terminei te conhecendo mais profundamente. Nasceu no Canadá, voltava de viagem. Tinha uma irmã menor, bem rock'n roll e imatura. 
Posso dizer que as horas passavam rápido do lado dele. Foram as melhores oito horas que tive até hoje. Chegamos em meu destino canadense, você seguiu caminho para outra cidade. 
Passei doze meses no intercâmbio, e enquanto morava em outra cidade me mandava cartas quase todo dia. 
As cartas...foi por causa delas que te conheci ainda mais, e acabei me apaixonando por você. Ainda as tenho guardada, como lembrança sua. 
A relação foi tão profunda que, 2 meses depois da minha mudança temporária, você se mudou também. Parecia loucura. Você alugou um apartamento pertinho do meu e arranjou um emprego qualquer só para ficar comigo. Nos encontrávamos todos os dias, fosse no cinema, no café onde ele trabalhava temporariamente...era perfeito. 
Eu te amava.
Voltei do Canadá com um inglês mais fluente e com você. Te levei para conhecer uns lugares no Brasil. Na volta, a tristeza bateu. Já tinha passado tempo demais aqui; seus pais o aguardavam. Minha família te conheceu, você ficou num hotel perto de casa. Passou tão rápido...
Nunca mais falei com você.
Agora estou aqui, lembrando daqueles 12 meses e 5dias, só para machucar mais meu coração com a falta que você faz. Você não sabe, né? Não sabe que eu senti a sua falta. Foi tão especial...
Não sabe o quanto eu chorei quando soube do seu grave acidente de carro, quando estava indo ao aeroporto buscar a sua irmã que voltava de viagem com as amigas. Fiquei preocupada, ultrapassei meus limites.
Desde aquela última vez que falei com você, por telefone, disse que estava melhor. Tive medo, mas um medo terrível de te perder. 
Enxuguei as lágrimas. Ele pode estar num quadro gravíssimo, mas ainda não se foi, pensei. Podia ser a minha última chance. 
Peguei um papel de carta daqueles que você disse que adorava. Te escrevi. Ainda assim, tinha medo de não te ver mais. 
Algumas semanas depois, a resposta chegou. Mas não era dele. Era dos pais dele.
"Sentimos muito..." Meu mundo caiu. Chorei, chorei de um jeito que jamais havia feito na vida. Ele se foi, eu dizia, baixinho. Escapou pelas minhas mãos, e o perdi para sempre. 
Naquele dia, eu não queria mais nada. Só me isolar no quarto e ficar sozinha, dormir e fingir que nada aconteceu.
Mas era impossível. 
Era difícil imaginar que, quando eu acordasse de novo, não encontraria mais mensagens dele me desejando um bom dia, ou dando um "hello". Não ter mais aquelas cartas semanais falando como se sente, ou quando virá ao Brasil. 
Ainda sinto saudades...não consigo encarar direito aquelas fotos de nós dois com um sorriso. Por que elas me lembram de quão bom você foi para mim, e despertam a tristeza da sua perda. Suas brincadeiras, suas risadas...
Nesse dia, tentei me consolar olhando o céu, negro e triste. De repente, uma estrela cadente passou, radiante. Sorri de leve. Ele está bem agora, pensei, por mais que eu sinta a falta dele. 
Ele está bem, e isso é o que importa. Suas lembranças vão me acompanhar para sempre. Espero que a sua alegria também.
Era o destino...

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